Censo revela envelhecimento da população potiguar
Número de jovens até 19 anos caiu em mais de 103 mil pessoas
Paulo Nascimento // Especial para o Diário de Natal // paulonascimento.rn@dabr.com.br
Paulo Nascimento // Especial para o Diário de Natal // paulonascimento.rn@dabr.com.br
A tendência de envelhecimento da população potiguar é o grande destaque do Censo 2010, realizado em todo o Brasil pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísica (IBGE) visando traçar um panorama completo dos habitantes brasileiros. O Rio Grande do Norte segue a tendência populacional do país, que cresce economicamente e passa a ter sua população de crianças e adolescentes reduzida, ao mesmo tempo em que o número de idosos passa a aumentar acima da média. Entre 2000, data do penúltimo recenseamento realizado pelo IBGE, e 2010, a população de jovens potiguares até 19 anos diminuiu em mais de 103 mil pessoas.
No mesmo espaço de tempo, o número de idosos acima dos 80 anos cresceu 50%. Uma melhor qualidade de vida, segundo os estudos do IBGE, aliado ao crescimento do país, resultam em números como estes. De acordo com o Censo 2010, por exemplo, 60 idosos que vivem em solo potiguar já são centenários, ou até mesmo ultrapassaram amarca dos 100 anos. "Esses registros numéricos apenas comprovam o que já era esperado pelo IBGE. É natural o aumento do número de idosos", aponta Aldemir Freire, coordenador regional do instituto. Ele ainda ressalta que a naturalidade do "envelhecimento" da população se dá, além do crescimento econômico, pelo menor número de filhos por casal.
Saturação
Dentro da média nacional, com 1,33% de crescimento populacional por ano, o Estado registrou em uma década dois fenômenos recorrentes no Brasil: o interior crescendo mais do que a capital e a saturação das grandes cidades. O coordenador regional ressalta que há de ser ter cuidado com os números de crescimento no interior. "Muitas vezes o registro puro de que o interior está aumentando mais a sua população não mostra a realidade. Às vezes, o interior está aqui do lado, como Parnamirim ou São Gonçalo", explica Aldemir.
Os municípios do interior potiguar concentram atualmente quase três vezes mais população do que a capital. A Região Metropolitana, que conta comNatal - que ultrapassou a casa dos 800 mil habitantes - e mais nove municípios, encontra-se atualmente com mais de 1 milhão e 340 mil habitantes, além de ter as três cidades que mais crescem no Estado: Parnamirim, Natal e São Gonçalo do Amarante. "Por isso não se pode pensar em investimentos na área de segurança, saúde, saneamento e transporte público, por exemplo, sem incluir todos estes municípios" ressalta o coordenador.
Social
O censo também aponta indicadores de evolução social no Estado, como o aumento na quantidade de domicílios servidos por água (86%, o quarto maior índice do Brasil), coleta de lixo (84%) e rede de saneamento básico, que dobrou em 10 anos, mas chega apenas a 25% das casas potiguares. O analfabetismo também diminuiu, em especial entre os jovens. Na faixa de 0 a 19 anos, apenas 4% dos habitantes do Rio Grande do Norte não são alfabetizados, enquanto que a partir dos 45 anos há mais de 400 mil pessoas analfabetas, segundo o censo 2010. Esta é a faixa etária mais difícil de se alfabetizar e que menos recebe incentivos na área. "Apesar de todo o crescimento social, são números que ainda assustam. Duas em cada três casas não tem saneamento, além de todo esse 'saldo' de analfabetos", afirma Aldemir Freire.
Dados do IBGE também demonstram crescimento demográfico mais acelado no interior do que na capital do Estado Foto:Fábio Cortez/DN/D.A Press |
Saturação
Dentro da média nacional, com 1,33% de crescimento populacional por ano, o Estado registrou em uma década dois fenômenos recorrentes no Brasil: o interior crescendo mais do que a capital e a saturação das grandes cidades. O coordenador regional ressalta que há de ser ter cuidado com os números de crescimento no interior. "Muitas vezes o registro puro de que o interior está aumentando mais a sua população não mostra a realidade. Às vezes, o interior está aqui do lado, como Parnamirim ou São Gonçalo", explica Aldemir.
Os municípios do interior potiguar concentram atualmente quase três vezes mais população do que a capital. A Região Metropolitana, que conta comNatal - que ultrapassou a casa dos 800 mil habitantes - e mais nove municípios, encontra-se atualmente com mais de 1 milhão e 340 mil habitantes, além de ter as três cidades que mais crescem no Estado: Parnamirim, Natal e São Gonçalo do Amarante. "Por isso não se pode pensar em investimentos na área de segurança, saúde, saneamento e transporte público, por exemplo, sem incluir todos estes municípios" ressalta o coordenador.
Social
O censo também aponta indicadores de evolução social no Estado, como o aumento na quantidade de domicílios servidos por água (86%, o quarto maior índice do Brasil), coleta de lixo (84%) e rede de saneamento básico, que dobrou em 10 anos, mas chega apenas a 25% das casas potiguares. O analfabetismo também diminuiu, em especial entre os jovens. Na faixa de 0 a 19 anos, apenas 4% dos habitantes do Rio Grande do Norte não são alfabetizados, enquanto que a partir dos 45 anos há mais de 400 mil pessoas analfabetas, segundo o censo 2010. Esta é a faixa etária mais difícil de se alfabetizar e que menos recebe incentivos na área. "Apesar de todo o crescimento social, são números que ainda assustam. Duas em cada três casas não tem saneamento, além de todo esse 'saldo' de analfabetos", afirma Aldemir Freire.
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