Foi totalmente infeliz a última declaração da Secretária de Educação Betânia Ramalho sobre a greve dos professores, na qual ela incrimina os profissionais pelo descrédito do ensino do Rio Grande do Norte. Veja o que ela afirma ao Diário de Natal:
Com a paralisação de mais de 70% dos professores, ficaram prejudicadas as aulas em toda a rede estadual de educação. Betânia Ramalho, titular da secretaria, afirmou que um dos prejuízos relacionados ao movimento é que ele contribui para desacreditar a educação do Rio Grande do Norte. "A cada ano tem greve e a sociedade não pode permitir, aceitar os prejuízos dessa greve, que poderia ter sido evitada porque, desde janeiro, vimos negociando com o Sinte para a construção de um entendimento. O que oferecemos como agora, como proposta de 34% de aumento, poderia ter sido construído sem que os alunos estivessem fora de sala de aula", considera ela.
No calendário normal, entre fevereiro e junho os alunos da rede pública estariam concluindo o 2º bimestre. Para a secretária, o prejuízo não é contabilizado na responsabilidade daqueles que decretam greve. "Não se fala do efeito perverso da greve na sociedade. É um efeito catastrófico, porque passa pela motivação do aluno, que não tem o seu calendário anual devidamente cumprido. Além dos prejuízos causados aos estudantes que concluem o ensino médio e se preparam para o Enem, ou mesmo os que buscam conseguir emprego", afirmou, anunciando que, se a greve acabasse hoje, o ano letivo seria prorrogado até janeiro, incluindo sábados e feriados. "Não abrimos mão do calendário de reposição das aulas", enfatizou a secretária.
Mais uma vez os professores são esmagados e humilhados por quem deveria defender seus direitos. E aquela professora que apareceu na mídia já foi até esquecida. Alguém lembra o nome dela? É, realmente o tempo é o melhor remédio para tudo e o povo brasileiro tem memória fraca. Simplesmente não lembra mais. Os que estão no poder de tomar decisões para melhorar a vida desta heroína e outros professores, apenas dão risadas. Enfim foram palavras ao vento.
E agora, aos professores, resta o conhecido bordão do Chapolin: Quem poderá nos defender?
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