O Governo do Estado, em parceria com o governo federal, vai investir R$ 800 milhões para ampliar a cobertura de saneamento do Rio Grande do Norte. O investimento, que será apresentado pela governadora Rosalba Ciarlini durante a reunião da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe), nesta sexta-feira (5), no Ocean Palace Hotel, em Natal, é referente às obras de saneamento em andamento ou com recursos assegurados realizadas pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern).
A divulgação dos números coincide com as comemorações referentes ao Dia Nacional da Saúde, celebrado nesta sexta-feira (5). Um estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) apresenta um dado alarmante: pelo menos dois milhões de pessoas morrem por ano no mundo, por causa das doenças provocadas pela água contaminada.
Para garantir o acesso à água potável para toda a população e impedir que pessoas sejam afetadas pelo consumo de água de má qualidade, os governos federal e estadual estão ampliando, cada vez mais, os investimentos na qualidade da água, coleta e tratamento dos esgotos para evitar a contaminação do lençol freático. “Somente para ampliar os sistemas de abastecimento de água do Estado, o investimento do governo é de cerca de R$ 200 milhões”, informa o diretor-presidente da Caern, Walter Gasi. Outros R$ 600 milhões estão sendo aplicados em obras de ampliação dos sistemas de esgotamento sanitário.
Entre as obras de abastecimento que estão sendo realizadas pelo governo estão a ampliação de toda a rede de distribuição de água de Mossoró, que inclui a troca de mais de 600 quilômetros de tubulação antiga. Em Natal, estão sendo realizadas obras como a adutora do Rio Doce que, além de ampliar a oferta de água para a zona Norte, vai resolver em definitivo o problema da alta concentração de nitrato nos bairros de Gramoré e Pajuçara.
Diretamente relacionado às obras de saneamento, o índice de mortalidade infantil vem caindo proporcionalmente ao aumento dos investimentos em obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Nos últimos dez anos, a Secretaria Estadual da Saúde Pública registrou redução de 31,3% no índice de mortalidade infantil no Rio Grande do Norte. Mesmo assim, o número de crianças mortas ainda é alto. Ano passado, a cada grupo de 1.000 crianças nascidas vivas no Estado, 28,61 morreram antes de completar um ano de idade.
“As obras de saneamento são fundamentais para baixar a taxa de mortalidade do Estado. A meta da governadora é atingir uma cobertura de coleta e tratamento de esgotos de 80% em quatro anos, o que vai reduzir significativamente o número de mortes de crianças”, aponta Walter Gasi. Ele lembra que OMS comprova que, para cada real investido em saneamento básico, são economizados quatro reais em medicina preventiva.
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